Não sei se leve a tela e as tintas
E no areal doirado e vasto
Te pinte a cor do sorriso
Não sei se mergulhe em tuas letras
E com a sua intensa beleza
Deslace os nós que sinto
Não sei se desenhe pontos traços
E preencha os espaços
De pirilampos infindos
Mas sei que à noite há fortes passos
Com que o sol reforça os laços
De luar no seu caminho
Que os mares se cobrem d'estrelas
Voando em danças serenas
No fio do paraíso
segunda-feira, setembro 26, 2005
quarta-feira, setembro 21, 2005
Dias Há...
Há dias que se repetem
No ontem de um amanhã
São dias longos, espessos
Não deslaçando a hora
Que no fio do cabelo
Tão moroso e cinzento
Em novelos densos está
Outros porém são vivazes
Plenos de luz e de cores
Qu’em seus bailados eternos
Lançam flores largam véus
São fortes e mui capazes
Entre sorrisos serenos
De cantos que o mundo sente
Dias há de palha verde
Exposta nua aos céus
No ontem de um amanhã
São dias longos, espessos
Não deslaçando a hora
Que no fio do cabelo
Tão moroso e cinzento
Em novelos densos está
Outros porém são vivazes
Plenos de luz e de cores
Qu’em seus bailados eternos
Lançam flores largam véus
São fortes e mui capazes
Entre sorrisos serenos
De cantos que o mundo sente
Dias há de palha verde
Exposta nua aos céus
terça-feira, setembro 20, 2005
Luar de Paz Eterna
Pedaços são veste tuas
Longo verde da matéria
Emoções de noites nuas
Insones palmos de terra
Essência de sol e luz
Numa morte renascida
Em sonhos e descobertas
Breve tão breve o dia
Omitido...Não o esquece
A poesia lendo o poeta
Num luar de paz
Eterna
Longo verde da matéria
Emoções de noites nuas
Insones palmos de terra
Essência de sol e luz
Numa morte renascida
Em sonhos e descobertas
Breve tão breve o dia
Omitido...Não o esquece
A poesia lendo o poeta
Num luar de paz
Eterna
sábado, setembro 17, 2005
Nesta Praia...
Esta praia que afagas
Com teus olhos doces d’água
Em iluminuras mil
Te sabe a cada instante
De ausência e saudade
E canta só para ti
Cada rocha é um suspiro
Cada areia um pão de milho
A concha a sede que matas.
Das algas se tece o leito
E dos sussurros do vento
Se desdobra cada beijo
Em doces nuvens de prata
Dançam flores a contento
Entre as borbulhas de sal.
O sol percorre a estrada
Neste entardecer ameno
Num rubor musical
Nesta praia que enlaças
Gaivota nas tuas asas
Com teus olhos doces d’água
Em iluminuras mil
Te sabe a cada instante
De ausência e saudade
E canta só para ti
Cada rocha é um suspiro
Cada areia um pão de milho
A concha a sede que matas.
Das algas se tece o leito
E dos sussurros do vento
Se desdobra cada beijo
Em doces nuvens de prata
Dançam flores a contento
Entre as borbulhas de sal.
O sol percorre a estrada
Neste entardecer ameno
Num rubor musical
Nesta praia que enlaças
Gaivota nas tuas asas
terça-feira, setembro 13, 2005
Nesta Alvorada
Desdobram-se brilhos essências
Alfazema, rosa, jasmim
Nos braços da alvorada
Espreitando os fios d’água
Das flores do meu jardim
Tudo é paz tudo é clemência
Incenso, alecrim, manjerico
No espaço suave que inspiro
Ondas que teias lançam
E dançam…
Sorrisos
M’ espanto vendo que chegam
Chocolate e a canela
Em rubros azuis de mar
Sensações, um sonho apenas
Nesta alvorada amena
Do meu doce despertar
Alfazema, rosa, jasmim
Nos braços da alvorada
Espreitando os fios d’água
Das flores do meu jardim
Tudo é paz tudo é clemência
Incenso, alecrim, manjerico
No espaço suave que inspiro
Ondas que teias lançam
E dançam…
Sorrisos
M’ espanto vendo que chegam
Chocolate e a canela
Em rubros azuis de mar
Sensações, um sonho apenas
Nesta alvorada amena
Do meu doce despertar
sábado, setembro 10, 2005
Poema Breve
Breve chega o tempo
Que o mar azul mais era
Relembrando, esquecendo
Quando, quanto momento
Em profunda descoberta
Breve foi quem diz que era
Que o mar azul mais era
Relembrando, esquecendo
Quando, quanto momento
Em profunda descoberta
Breve foi quem diz que era
domingo, setembro 04, 2005
Foram Tempos...
Sabias! Tu sabias
Que nada daria certo
Quando colocasses o verbo
No passado, imperfeito
Sabias, sim! Tu sabias
Que as figuras de retórica
Usadas hora após hora
São só dizeres de vento
Mas percebias
Que o povo incauto e sereno
Te seguiria correndo
Onde quer que tu passasses
Ora continuaste
Correndo o mesmo caminho
Por entre a fácil palavra
Espalhando luares, abraços
De maleitas infundadas.
Em horas iluminadas, instigaste
Ao sorriso e à saudade
Com ameaças veladas
E esqueceste
Que o esperar sentada
Foram tempos…
Agora, querido, agora….
Já é tarde!
Que nada daria certo
Quando colocasses o verbo
No passado, imperfeito
Sabias, sim! Tu sabias
Que as figuras de retórica
Usadas hora após hora
São só dizeres de vento
Mas percebias
Que o povo incauto e sereno
Te seguiria correndo
Onde quer que tu passasses
Ora continuaste
Correndo o mesmo caminho
Por entre a fácil palavra
Espalhando luares, abraços
De maleitas infundadas.
Em horas iluminadas, instigaste
Ao sorriso e à saudade
Com ameaças veladas
E esqueceste
Que o esperar sentada
Foram tempos…
Agora, querido, agora….
Já é tarde!
sábado, setembro 03, 2005
Há um mês que navegam no espaço
estes pianos estéreis
pendurados pela cauda uns nos outros
sem remorso
semeando chaves e velhos tecidos de linho
sobre o terreno coberto de cabelos macios
que a electricidade anima.
Os farrapos da cortina tombam
sobre os braços decepados
mas eles voltam como as andorinhas.
Embora as cortinas de fumo persistam
não há qualquer dúvida
mergulham fundo nos números.
De um lado há faróis em Dezembro
e do outro lado
ao fundo da escadaria
há punhais de ouro.
(Poema de ARTUR CRUZEIRO SEIXAS)
pendurados pela cauda uns nos outros
sem remorso
semeando chaves e velhos tecidos de linho
sobre o terreno coberto de cabelos macios
que a electricidade anima.
Os farrapos da cortina tombam
sobre os braços decepados
mas eles voltam como as andorinhas.
Embora as cortinas de fumo persistam
não há qualquer dúvida
mergulham fundo nos números.
De um lado há faróis em Dezembro
e do outro lado
ao fundo da escadaria
há punhais de ouro.
(Poema de ARTUR CRUZEIRO SEIXAS)
Subscrever:
Mensagens (Atom)